Empurremos nós a ponta da lança!

 

Empurremos nós a ponta da lança!

O Partido Chega vai fundir-se com o Partido Pró-Vida/Cidadania e Democracia-Cristã (PPV/CDC) na próxima convenção, que decorre em Setembro, com os líderes dos dois partidos. Apareceram os valentes! Empurremos nós a ponta da lança!


Manuel Matias, Presidente do PPV/CDC, com André Ventura do Chega, tirando uma selfie a pedido de um popular, numa manifestação em Lisboa.

Na terra do meu avô diz-se “Depois da batalha aparecem os valentes!”. Desta vez, aparecem antes, pois a batalha está a começar. Ora o problema é mesmo que, neste momento, estamos a travar uma batalha duríssima e precisamos de valentes, é agora! E precisamos de valentes agora, porque nesta batalha estamos a perder… Estamos a perder milhares de vidas humanas portuguesas no ventre das mães todos os anos, estamos a perder na aprovação sequencial de leis iníquas como a da eutanásia, a das barrigas de aluguer ou a da legalização de drogas como a Cannabis/THC.

O Partido Chega é muito claro quanto ao que veio e, logo no segundo parágrafo da Matriz Política, declara a defesa da vida humana como seu valor absoluto: “Tirania é o poder, sem razão, de roubar o outro da sua vida por qualquer tipo de assassínio, seja aborto, infanticídio, eugenia ou eutanásia. Tirania é o poder, sem razão, de roubar a uma comunidade os seus costumes, tradições e instituições consensualmente aceites e rectamente ordenadas para a vida livre e digna dos seus membros.”

O deputado André Ventura é, neste momento, a ponta da lança do único partido que está a penetrar na Assembleia com o grandioso objetivo da reversão de todas as leis destruidoras do respeito pela sacralidade inerente a todas as vidas humanas. Como nos podemos recusar a pegar no cabo dessa lança e empurrar? Como não meter o ombro e a carga para esta lança penetre com mais força e mais profundamente o flanco do inimigo?  

Os sinais são muitos e mostraram-me que o Partido Chega assenta o seu primado de acção no lado certo, justo e do bem moral. E o que se passa num PPD/PSD de um Rui Rio favorável à eutanásia, encontra paralelismo no CDS/PP. O CDS/PP é hoje o partido de uma elite globalista, financeira, que por um lado concorda e por outro encara a agenda progressista da esquerda como um mal necessário. O CDS viabilizará as medidas progressistas do PS, em troca, o PS coloca pessoas da elite liderante do CDS em cargos de empresas ou viabiliza negócios nos quais figuras de proa do CDS têm interesses patrimoniais. O CDS já abandonou a agenda de valores, substituindo-os pela agenda de negócios.

Temos, ao mesmo tempo, o Partido Chega que soma e segue a crescer nas sondagens de intenção de voto sendo já a terceira força política em Portugal. Temos o Partido Chega com o maior canal de You Tube Político em Portugal, o canal Chega TV. Temos o Partido Chega que se assume contra a sociedade da mentira institucionalizada e que advoga a transição dos valores morais do abstrato para a vida prática sem implicar interpretações subjetivas!

A escolha é para valentes e a escolha é premente! Só quando não acreditamos nos valores morais que nos guiam é que temos dúvidas sobre a virtude das nossas escolhas. Não estamos mais no momento de sermos moderados ou ponderados. Quantas abortos há por ano em Portugal? Quantos se perpetram desde há 13 anos (lei de 2007)? Qual o único partido hoje que tendo representação parlamentar suficiente estará empenhado em reverter a legislação abortiva? Eu digo, o Partido Chega!

O Partido Chega tem marcados princípios na sua matriz: “existem algumas liberdades básicas como liberdade de pensamento e expressão, liberdade de consciência e religiosa, liberdade económica para produzir, trocar, acumular e consumir, liberdade para constituir família e liberdade de associação e, como condição essencial para o gozo de todas estas, postula um direito inalienável à vida.  Acredita também que estas liberdades são direitos, não concedidos pelo Estado ou benevolência da comunidade, mas inerentes a todo o ser humano e por isso também eles inalienáveis, tal como a própria vida.”

Os valentes lutam pelo respeito pela vida e por convicção, não alimentados por uma qualquer máquina de propaganda, mas também não subjugados a um medo do politicamente incorreto extremista que os meios de comunicação social do sistema querem propagar. André Ventura é sem dúvida um agente renovador que já tem base de sustentação, mas que precisa de maior amplitude e intensidade para poder, escudado com um maior grupo parlamentar começar a debater intelectualmente a reversão das leis iníquas. E, também, devolver importância às famílias naturais e o seu poder sobre as das suas vidas. Sublinho aqui o conceito de família natural que está unicamente bastante marcado no partido Chega, baseada sobre a íntima relação de um homem e de uma mulher é uma realidade sociológica e política anterior ao Estado. 

Existem várias batalhas civilizacionais a lutar na nossa sociedade e é necessário o pragmatismo de discernimento de perceber com quem as devemos lutar e, tacticamente, ao lado de que aliados temos a melhor probabilidade de ganhá-las.

Se queremos a defesa da vida, desde a sua concepção, até à morte natural e a criação do Ministério da Família, o Partido Chega é o nosso cabo da lança e o André Ventura a ponta da mesma!

Se queremos que o aborto e as cirurgias de mudança de sexo aos 16 anos sejam retiradas do conceito de saúde pública; se queremos parar rapidamente o uso do aborto recorrente; se queremos a proibição dos ventres de aluguer e de toda a actividade que coisifique e utilize como produto de compra e venda a qualquer ser humano, o Partido Chega é o único que o poderá efectivamente conseguir.

Se queremos reformar da Lei da Adopção e a protecção do direito dos menores a relacionarem-se com ambos os progenitores e com os seus avós, o Partido Chega é o único apostado em fazê-lo.

Todas estas batalhas estão inscritas assim como as coloco na Matriz Política do Chega. Mas mais que isso, estas batalhas estão inscritas no coração de quem forma e sustenta este partido e são, mais que o progresso económico do país a qualquer custo, a alma matter do seu intelecto e a fonte do seu animus.

Sendo católico apostólico romano, sei que a Igreja não sugere nenhum caminho concreto, nem económico, nem político, nem cultural. Mas sendo cristão, sinto este dever de estar no mundo e viver no mundo ou, com outras palavras, sinto o conceito da secularidade… uma vez que o Verbo de Deus também esteve entre os filhos dos homens, teve fome e sede, trabalhou arduamente com as suas mãos, conheceu a amizade e a obediência, experimentou a dor e a morte. Esta secularidade é um princípio da responsabilidade e de participação: viver no mundo significa sentir-me responsável por ele, assumir a tarefa de participar nas actividades humanas para as configurar cristãmente.

Hoje, estar ao lado do Partido Chega e estar presentes sem medo, é contribuir para que as actividades desta organizão de homens tenha  Cristo presente nelas. “Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias” (Mateus 24: 28) que quer dizer que Deus Nosso Senhor nos pedirá contas rigorosas, se, por desleixo ou comodismo, cada um de nós, livremente, não procurar intervir nas organizações que sejam politicamente eficazes nas decisões humanas contemporâneas, das decisões de que dependem o presente e o futuro da sociedade.

A sociedade moderna adquiriu uma dimensão mundial e nela é preciso manter uma percepção do sentido ético e religioso. Esta preocupação santa de um cristão começa com o que está ao seu alcance, mas também se estende para fora do seio da família, no trabalho, na sociedade civil, no seu lugar de cultura, e num partido político!

O nosso amor a todos os homens deve levar-nos a enfrentar os problemas temporais com valentia, segundo a nossa consciência. Não tenhais medo do sacrifício, nem em assumir cargas pesadas. Nenhum acontecimento humano pode ser-nos indiferente, antes pelo contrário, todos devem ter oportunidade para fazer bem às almas e facilitar-lhes o caminho para Deus. Como católicos não podemos estar ausentes – seria uma omissão criminosa –, das tertúlias, das assembleias, dos congressos deste novo Partido de sucesso em Portugal! Às vezes somos nós mesmos que as promovemos nos partidos, mas a maior parte das vezes terão sido organizados por outros e nós temos de ajudar.

Todos nós devemos sentir-nos impelidos a actuar no Partido Chega com liberdade e responsabilidade pessoal, pelas mesmas nobres razões que já possuem. O bem comum da sociedade, e sobretudo de uma sociedade complexa como a actual, exige relacionar adequadamente um conjunto de instâncias e pontos de vista diferentes, que não devem fechar-se em si mesmos nem agir de modo puramente auto-referencial.

Além disso, podemos ver a condescendência demonstrada por Deus ao querer que o seu Verbo eterno se fizesse também na palavra humana, façamos também do nosso diálogo humano um critério de conduta vinculante para a consciência cristã do Partido Chega!

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